Lendo as mensagens enviadas à Terezinha a respeito da primeira publicação deste livro, reli a mensagem que enviei e, nela vi que escrevi (entre outras coisas): “Você, Terezinha, merece todo sucesso e os demais que virão, porque sei que não vai parar nesta publicação”. Foi uma menção quase profética e hoje tenho o privilégio de fazer o Prefácio da 10° Edição, que testemunha o sucesso previsto. Este livro é pleno de encantadoras e instigantes narrativas da história vivida e refletida por um coração repleto de amor, de fé, de sensibilidade e determinação.
Você narra acontecimentos e situações de sua vida com a leveza de uma nuvem num céu azul e, nem mesmo quando estes acontecimentos mais se parecem com um nuvem escura, carregada de chuva, você transforma, o que poderia ser um temporal, em chuva benfazeja que, ao cair, nutre um terreno fértil para novas situações e novos caminhos de vida. Foram e são muitos os seus caminhos. Você é incansável e tem a alma das pessoas que nasceram para semear, plantar e colher significantes episódios de construção vivencial positivas.
Seu livro “Milagres Bordados” é a tecitura dos fios que se entrelaçaram numa bonita peça de vida e realizações com eterna esperança e gratidão aos pequenos, mas plenos milagres.
Nosso primeiro encontro se deu na vida acadêmica. Eu estava na Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação, da Unicamp e estávamos contratando uma estagiária. Você veio conhecer o que era essa vaga e vimos que você era muito qualificada para ela. No entanto, você nos encantou e eu fui lutar para ter você como minha secretária na Secretaria de Pesquisa, a qual eu também coordenava. Essa vaga não existia. Escrevi à Terezinha perguntando se ela estaria interessada em assumir essa secretaria. Diante da sua resposta positiva, fui atrás de um milagre – trazer a Terezinha com a vaga que ela ocupava em outra unidade da universidade e a verba para essa vaga. Fui com coragem conversar com o diretor da Diretoria de Relações Internacionais – DERI que, naquela época, era uma pessoa que me conhecia do período em que fui Assessora da Pró-Reitoria de Graduação. Ele me ouviu e disse: eu libero a Terezinha se o Reitor me der uma nova vaga para substitui-la. Assim, eu agora precisa de dois milagres. Eu acredito em milagres, e eles aconteceram.
Trabalhamos juntas por um ano e fui descobrindo que para além dos trabalhos acadêmicos, ela desenvolvia um lindo trabalho com um grupo denominado Vida & Motivação que, por meio da arte terapia com linhas e agulhas, trazia para pessoas com depressão, momentos de luz, de alegria, de paz e fortalecimento de um “eu” machucado e sofrido. Terezinha aceitava desafios tanto ali dentro comigo, como fora no grupo Vida & Motivação. Um desses desafios que presenciei foi o de ela aceitar customizar com bordados, 2 000 bolsas de pano para serem dadas com o material do 18° COLE – Congresso de Leitura -, um grande evento na Unicamp. Terezinha fez tudo isso sem faltar um dia de trabalho o que me levou a uma profunda e verdadeira admiração por ela e seu maravilhoso trabalho.
Ficamos somente um ano juntas porque acabou meu mandato na Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação, mas tecemos, com fios de ouro, uma grande amizade que vai perdurar por toda eternidade.
O livro “Milagres Bordados” testifica a bem sucedida realização das Oficinas Bola da Felicidade, nas quais a Terezinha expandiu sua ação socio afetiva para todas as pessoas, independente de sofrerem com a depressão. Quem passa pela Oficina sai modificada, tal é a capacidade e sensibilidade da Terezinha em falar ao coração e cada participante.
A leitura deste livro encanta o leitor pela força e leveza da escrita, pela profundidade e grande delicadeza das narrativas.
Amigo leitor, se permita a uma deliciosa vivência na leitura deste livro.
Professora Doutora Elisabete de Aguiar Pereira
Universidade Estadual de Campinas/SP
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